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BLOG SÃO GONÇALO NOTICIAS 

Alternativa a Compesa veio do sertão; Miguel Coelho foi o único a defender concessão da estatal

Atualizado: 7 de jun. de 2023

Longe de ser a melhor opção, já seria uma redução drástica de prejuízos

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Não é de hoje que a população cobra medidas importantes para melhorar a questão do saneamento básico no estado de Pernambuco. De a muito os pernambucanos demandam algo melhor e superior ao serviço entregue pela Compania Pernambucana de Saneamento(Compesa).


A Compesa foi fundada em 1971 com a finalidade de promover e desenvolver a distribuição e recolhimento de água no estado. De início e por um bom tempo a empresa cumpriu o seu fiel papel. Inclusive, Pernambuco é um dos estado mais cobertos por rede de água e esgoto justamente por este difícil trabalho feito numa época que investimentos privados eram impensáveis nessa região.



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Porém, passado o período de dificuldade, não estaria na hora de mudar o status da empresa que, nos últimos anos, vem mostrando cada vez mais ineficiência nas obras, nos investimentos e na qualidade dos serviços prestados? A resposta fica a critério dos nossos leitores.


É bem verdade que existem setores e regiões que a iniciativa privada tem pouco ou nenhum interesse em fazer investimentos, mas Pernambuco não é o caso. Há interesse privado em tomar para si o sistema de água e esgoto no estado, porém existe uma casta setorial que pretende, por vaidade, deixar a Compesa nas mãos ineficientes do estado que, por natureza própria, não tem capacidade gerencial. É da natureza do estado ser ineficiente.


Além de interesse privado, há, também, interesse político em mudar o status da estatal. É o caso do ex-prefeito de Petrolina e candidato a governador de Pernambuco em 2022 Miguel Coelho(União). Na ocasião onde lançou seu nome para concorrer ao Canto das princesas, Miguel defendeu abertamente a concessão pública da Compesa. Na prática, a instituição continuaria sendo empresa pública, porém a gestão seria totalmente privada.


Não seria, segundo analistas do instituto Mises Brasil - Think Thank que pretende difundir ideias liberais - a melhor opção, mas já resolveria o problema da ineficiência e prejuízos que a Compesa deixa aos cofres públicos todos os anos.


Em resposta a uma pergunta de entrevistador no processo eleitoral, Miguel disse:

"Água não chega porque fica no meio do caminho, nos canos velhos, estragados e estourados. O mesmo com o saneamento, só 18% da população tem acesso a tratamento de esgoto"

Um medo comum dos contrários a privatizações e concessões é justamente que a iniciativa privada escolha lugares lucrativos para investimentos. Porém, existem modelos de concessões que entregam áreas de atuação por região. Ou seja se uma empresa escolhe atuar em Petrolina, pega por consequência toda a região onde a cidade está situada. Nesse caso a empresa seria obrigatória fazer atuação em todo o sertão do médio são francisco.

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A concessão é uma alternativa a privatização. Como no Brasil , precisamente no nordeste, as privatizações tem uma negatividade enraizada, as concessões vem com uma nova roupagem, mas a intenção é a mesma: diminuir prejuízos, aumentar investimentos e cessar interferências políticas na administração das estatais.


O brasileiro tem um sentimento patriótico também enraizado, o que faz com que eles sejam apaixonados por coisas que tenham identidade municipal, estadual e nacional. Como a Compesa é uma empresa do estado, eles arrogam o desejo de que estes continuem sendo empresas públicas. Quase nunca as pessoas tem a dimensão do prejuízo que isso lhes causa. As concessões proíbem geralmente a mudança de nome das instituições concedidas, por isso aparentemente nada muda. Com isso não existe aquele ódio contra o processo de concessão como é visto contra as privatizações, que é a venda por completo da estatal.


Embora a concessão seja anos luz eficiente que a administração pública, a privatização é a melhor de todas. É a retirada do estado do meio empresarial.


Ozires Silves, fundador da Embraer, disse o seguinte à Brasil Paralelo:

"O governo não deveria entrar no campo da produção e do risco do empreendimento, o governo deveria na realidade é criar as condições para que os empreendedores tenham sucesso. Por que o governo brasileiro em particular, sei lá de onde nós trouxemos essa cultura, de que o governo vai promover o desenvolvimento. Isso não existe. O governo deveria ser um catalisador do sucesso de cada cidadão. E não simplesmente tentar fazer ele próprio."

Perguntada se seria viável vender uma empresa que custou tão caro ao estado, Margaret Thatcher, primeira mulher a comandar o Reino Unido(1979 à 1990), disse:

"Pra quê continuar jogando dinheiro fora?"

É preciso coragem para defender uma concessão quando a opinião pública foi praticamente envenenada contra esse tipo de administração. A eleição do ano passado foi o primeiro teste de Miguel Coelho na tentativa de ascender ao mais importante cargo de Pernambuco. Foi positivo uma vez que ele ficou na 5º posição competindo de igual para igual com a 1º, 2º, 3º e 4° lugar. Foram 5 candidaturas competitivas.


Na próxima ele tem gordura suficiente para continuar defendendo a concessão ou até mesmo o remédio mais amargo e necessário: a privatização da Compesa.









 
 
 

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